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Grupos de Trabalho

Fungicidas SBI

INTRODUÇÃO E INFORMAÇÕES GERAIS

 

O grupo de trabalho FRAC-SBI (anteriormente DMI) foi estabelecido em 1982. O grupo se encontra anualmente para rever dos dados de monitoramento e para decidir sobre as recomendações de uso de fungicidas SBI.

Definições - Fungicidas SBI

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Existem quatro grupos de fungicidas que compreendem os Inibidores da Biossíntese de Esteróis (SBIs) dos quais três grupos (G1 a G3) são usados como fungicidas agrícolas: Inibidores de desmetilação (DMIs), aminas (anteriormente chamadas morfolinas) e Inibidores de Ceto-Redutase (KRIs). Todos os grupos inibem alvos dentro da via fúngica de biossíntese de esteróis, porém, diferem com relação a alvos precisos que eles inibem, de forma que cada grupo tem seu próprio número de código FRAC.

 

Os fungicidas base SBI representam uma classe importante de fungicidas agrícolas. Eles contribuem grandemente à produção agrícola mundial.

Visão Geral dos Inibidores da Biossíntese do Esterol

Grupo de Códigos G1: Inibidores da Desmetilação (DMIs, FRAC Código #3, SBI Classe I)

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Fungicidas SBI que inibem a etapa de desmetilação C14 dentro da biossíntese fúngica de esteróis são conhecidos como inibidores da desmetilação ou DMIs.

Quimicamente, os DMIs pertencem a diferentes grupos químicos. Além dos triazóis, diversos imidazoles, piridinas e pirimidinas são igualmente inibidores da desmetilação. Todos os DMIs inibem fungos interagindo com o mesmo sítio alvo, C14-demetilase (erg11/cyp51) e apresentam, portanto, resistência cruzada entre si.

  

Tipicamente, os DMI's possuem amplo espectro de atividade contra uma gama de patógenos economicamente importantes em grandes culturas, frutíferas, videiras, etc.

Inibidores da desmetilação

Grupo de Códigos G2: Aminas (FRAC Código #5, antigo SBI Classe II)

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Existem quatro grupos de fungicidas que compreendem os Inibidores da Biossíntese de Esteróis (SBIs) dos quais três grupos (G1 a G3) são usados como fungicidas agrícolas: Inibidores de desmetilação (DMIs), aminas (anteriormente chamadas morfolinas) e Inibidores de Ceto-Redutase (KRIs). Todos os grupos inibem alvos dentro da via fúngica de biossíntese de esteróis, porém, diferem com relação a alvos precisos que eles inibem, de forma que cada grupo tem seu próprio número de código FRAC.

 

Os fungicidas base SBI representam uma classe importante de fungicidas agrícolas. Eles contribuem grandemente à produção agrícola mundial.

Aminas

Grupo de Códigos G3: Inibidores ceto-redutase (KRIs, FRAC Código #17, SBI Classe III)

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Este grupo é, na verdade, representado por dois compostos agrícolas que pertencem a duas classes químicas diferentes, as hidroxianilidas e as aminopirazolinonas. Ambas as moléculas inibem a etapa C3-ceto-redutase na biossíntese do ergosterol. KRIs possuem um espectro de atividades menor do que DMI’s e Aminas. O s KRIs são botriticidas específicos que não demonstram Resistência cruzada a outras classes de fungicidas anti-podridão nem a outras classes de fungicidas SBI.

Inibidores ceto-redutase

Grupo de Códigos G4: Inibidores de esqualeno-epoxidase (FRAC Código #18, SBI Classe IV)

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Os inibidores de esqualeno-epoxidase não são usados comercialmente como fungicidas agrícolas.

Inibidores de esqualeno-epoxidase

Resistência a fungicidas SBI

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Resistência a fungicidas é um fenômeno normal incorporado no processo natural da evolução de sistemas biológicos. Através da cooperação da indústria agroquímica e de pesquisadores, conselheiros e produtores, podemos garantir que fungicidas sejam usados de forma ótima e contínua oferecendo os benefícios que eles promovem atualmente.

 

Resistência a fungicidas SBI foi bem caracterizada durante os últimos 20 anos. Questões relacionadas a performance dos SBI tipicamente tornam-se óbvias somente após vários anos de uso intensivo com redução gradual da eficácia. Seguindo a pressão reduzida de seleção, recuperação parcial da sensibilidade é geralmente observada. O mecanismo primário de resistência é o acúmulo de diversas mutações independentes no sítio alvo. Cada mutação individual tipicamente provoca apenas redução pequena da sensibilidade e não se observa grande redução de sensibilidade suficiente para impactar a eficácia sob condições de campo até que múltiplas mutações acumulem em um isolado. Resistência a DMIs ou Aminas é principalmente caracterizada por perda lenta, passo a passo, da eficácia durante vários anos de uso intensivo em vez de perda rápida de controle.

 

Este tipo de resistência passo a passo é chamada de resistência tipo "multigênica", “contínua”, “quantitativa” ou “Shifting” (Fig. 1).

 

Fig. 1.  Esquema geral de resistência tipo quantitativa.

Esquema geral de resistência tipo quantitativa

Além das mutações no sítio alvo, reduções de sensibilidade de isolados individuais podem ser igualmente atribuídas à super expressão do gene cyp51 e transporte para longe do sítio alvo através de transportadores ABC. Não está clara a importância destes mecanismos de resistência sob condições de campo, pois eles geralmente coexistem com mutações no sítio alvo.

Risco de resistência é geralmente considerado

• Baixo a médio (aminas, KRIs) ou

• Médio (DMIs)

Desenvolvimento de resistência está tipicamente correlacionado à perda de adaptabilidade (fitnees cost) para isolados menos sensíveis. Recuperação da sensibilidade do patógeno a SBIs é possível se a pressão de seleção for reduzida.

Resistência cruzada entre fungicidas SBI

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Embora compostos dentro de cada um dos três grupos de códigos G1 (DMIs), G2, (aminas) e G3 (KRIs) apresentem resistência cruzada entre outros membros do mesmo grupo, não há resistência cruzada entre membros de diferentes grupos.

Tradução do material “SBI Fungicides > Information” (link). Fonte: FRAC, website www.frac.info.

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